segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Novos ares

Junto com teu jeito misterioso de me olhar veio o desejo de liberdade. Seus olhos tão escuro quanto a profundidade do abismo que vinha me salvar. Sorrindo das minhas palavras que nem ao menos conseguia entender é que eu pude experimentar o doce de novos lábios. Abraçava-me trazendo de volta o carinho e cuidado que havia deixado tão-tão longe.
Brindava uma inocência da qual dava aulas de sinceridade duvidosa. Pondo-me insegura se deveria confiar-te ou se embalaria-me em seus contos traiçoeiros. Chegava com a sensibilidade do poeta e com a força do tigre. Assemelhando-se a um desses Felis Silvestres que caminha perdido pelas ruas.
Dando insuficiente atenção a criança que ainda não aprendera a amar mas já conhecia o sentido das lágrimas é que clareava a falha dos seus cuidados ternos. Um riso forçado pelo esforço de entender a ironia que nem ao menos tinha tradução. 
Expondo a possibilidade do fracasso ao qual nascera e a tentação de testar o domínio e a fragilidade de sentimentos, algo que trazia escuro, algo que estava fechado.
O sujeito EU do egocentrismo que te pertencia gritava alto ao sujeito meu: 'Vem, não há fronteiras'. 
Vou! Voou. 

Um comentário:

  1. Gostei muito do texto ein!
    Adorei seu espaço,não consegui seguir Má, mas volto depois viu (:
    Segue tbm? ^^

    Otimo Fim de Semana pra voc flor! :*

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