Brindava uma inocência da qual dava aulas de sinceridade duvidosa. Pondo-me insegura se deveria confiar-te ou se embalaria-me em seus contos traiçoeiros. Chegava com a sensibilidade do poeta e com a força do tigre. Assemelhando-se a um desses Felis Silvestres que caminha perdido pelas ruas.
Dando insuficiente atenção a criança que ainda não aprendera a amar mas já conhecia o sentido das lágrimas é que clareava a falha dos seus cuidados ternos. Um riso forçado pelo esforço de entender a ironia que nem ao menos tinha tradução.
Expondo a possibilidade do fracasso ao qual nascera e a tentação de testar o domínio e a fragilidade de sentimentos, algo que trazia escuro, algo que estava fechado.
O sujeito EU do egocentrismo que te pertencia gritava alto ao sujeito meu: 'Vem, não há fronteiras'.
Vou! Voou.