domingo, 21 de fevereiro de 2010

Súbita fraqueza

Tenho ódio da minha fraqueza e pena do meu amor. Sim, eu tenho pena por saber que ele sobrevive sem esperanças. Eu sinto medo dos meus desejos e temo que eles me abandonem.
Tenho medo da solidão e me perco no vazio da minha companhia. Sinto a tristeza do meu rosto molhado salgado e sei que mesmo que ele seque, sei que continuará marcado pelo vazio.
Meu bom vicio amargo faz com que eu sobreviva mais um dia sem depender de você, mas basta sua voz para uma overdose iniciar em mim. Eu preciso ser forte e entrar mais uma vez na rehab.
Tenho desejo que escondo com o corpo mas que se afloram em meu olhar. Digo e faço coisas das quais me arrependo e sei, sempre sei que vou me arrepender. Acabo achando que estou dormindo e lhe agito para ver se acordamos desse sonho ruim. Descubro que enquanto eu sonhava você vivia um pesadelo.
Grito. Pergunto-me “por que comigo?”.
Exijo que isso acabe. Não, eu não quero sentir isso. Não quero ter pena do meu amor. Não quero que meu amor tenha pena de mim!